3ª semana. O coração começou a bater. O embrião tem 3mm. O seu sistema nervoso e os seus órgãos principais começam a tomar forma. O coração já bate e nos seus vasos circula sangue diferente do da mãe.
4ª semana. Já é 10 mil vezes maior do que no seu início. Formam-se os brotos dos membros superiores e inferiores; surge a abertura da boca; começam a formar-se o olho e o ouvido interno, os aparelhos digestivo e respiratório e os nervos motores.
5ª semana. O bebé já se movimenta. São visíveis traços faciais, incluindo a boca e a língua. Os olhos têm já retina e cristalino. O principal sistema muscular desenvolve-se. Mãos e pés tornam-se aparentes.
6ª semana. Podem detectar-se ondas cerebrais num EEG. Tem 12 a 15 mm. Aparecem as pálpebras, distinguem-se as saliências auriculares, o lábio superior, a ponta do nariz...O esqueleto de cartilagens está totalmente formado. A criança nada e move-se raciosamente. Os braços e as pernas aumentaram de comprimento e começam a desenhar-se os dedos.
7ª semana. Tem receptores da dor. Mexe-se e reage quando lhe tocam na boca. Tem cerca de 1,8 cm e pesa menos de 1 g. Tem tiróide, glândulas salivares, brônquios, pâncreas, canais biliares, ânus. Começam a formar os dentes de “leite”, os testículos e ovários. O esqueleto começa a calcificar-se. A parte do cérebro que controla as funções vitais desenvolve-se.
8ª`semana. Os primórdios dos principais órgãos estão já formados. Acabou o período embrionário. Tem músculos nos membros, no tronco e na face, tem orelhas, dedos nas mãos e nos pés. Responde a estímulos: abre a boca; se lhe puserem uma coisa na mão já a agarra (possui o reflexo da preensão); flecte os dedos dos pés; tem movimentos espontâneos. As principais estruturas do sistema nervoso central estão formadas e os neurónios começam a migrar para o córtex cerebral.
9ª semana. Já consegue chuchar no dedo. Tem 5 cm e pesa menos de 8 g. Engole, mexe a língua, chucha no dedo.
10ª semana. Já tem as mesmas impressões digitais que terá durante toda a sua vida. Tem 6 cm e pesa cerca de 14 g. Começam a formar-se as unhas das mãos e os dentes definitivos. Tem pestanas, abre e fecha os olhos, as cordas vocais formam-se na laringe e pode fazer sons.O registo da actividade cerebral (EEG) torna-se mais consistente.
Os avanços da ciência, a importancia das ecografias e a vida intra-uterina
Os avanços científicos sobre a fisiologia embrionária e fetal foram enormes nos últimos anos, trazendo para a investigação clínica aspectos que até hà pouco tempo estavam confinados à experiência em laboratório. As maiores descobertas foram feitas nos sistemas respiratório e circulatório. Hoje sabe-se que às 10 semanas o pulmão já é permeável ao líquido amniótico e que se verificam desde muito cedo movimentos respiratórios.
Estudos recentes demonstram também que ás 10 semanas, o coração do feto é já muito semelhante ao do adulto do ponto de vista estrutural e funcional. A ecografia contribuiu decisivamente para estas descobertas, graças ao desenvolvimento de aparelhos de alta definição com aquisição de sinal Doppler mais eficiente, que permite estudar em maior detalhe anatómico e fisiológico, a estrutura fina do bebé.
As ecografias tridimensionais, conhecidas pela designação comercial de 4D, são especialmente importantes por permitirem hoje aos pais, de uma forma simples e que não exige treino técnico, visualizarem o mundo em que se move o seu filho. Avanços grandes têm sido permitidos igualmente pelo desenvolvimentos das técnicas de biologia molecular. Nos últimos anos tem sido explicada de forma consistente o que se passa no interior das células e a forma como interagem umas com as outras na construção de um organismo.
Actualmente, à sétima semana de vida, é possível avaliar a reacção do embrião ao paladar, audição, sensibilidade cutanea, aos estímulos dolorosos e á visão, evidenciando já nesta fase da vida intra uterina, a complexidade do sistema nervoso central própria do ser humano.
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